26/06/2008

26-06-08

Bastava uma palavra e tu já sabias o que irias ler... A escrita dele não tinha mais segredos para ti, mas mesmo assim continuava a surpreender-te, continuava a fascinar-te. Ensinava-te a não pensar, apenas sentir, tal como ele o fazia, como ele o descrevia nas suas palavras. E tu deliciavas-te com elas. Via-lo a sorrir através delas....
Sorrias também... Esse sorriso envergonhado e ao mesmo tempo convencido. Sim, sabias muito bem que ele já só escrevia para ti, desde aquele primeiro texto, aquele primeiro olhar, o primeiro sorriso. E adoravas ser o centro da escrita dele. Comparava-lo ao outro, o das multiplas personalidades... O que consiguia brincar com as palavras para mostrar um sentimento apenas....
Ele, por outro lado, já quase não dava por ela que escrevia. Apenas sentia e deixava sair esse sentimento. Era a maneira de te mostrar tudo, o seu mundo; de te mostrar que eras tu o seu mundo.

"We might make love
in some sacred place
that look on your face
is delicate..."

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