30/12/2006

Vinicius...

A viola ainda soava naquele quarto escuro e melancólico... Os acordes entoados ainda há pouco fizeram-no parar! Ele nem fez contas ao tempo que ficou ali: 10, 15 minutos… 30 segundos… Simplesmente fechou os olhos e deixou-se ir numa viagem pela saudade. Visitou o teu sorriso (quente, brilhante, confortável, belo) e deixou-se encantar como da primeira vez que o viu!Abriu os olhos e voltou a olhar para a tua imagem! Um sorriso ténue aparece como resposta ao teu, abafando por momentos a tristeza de não te ter à beira…


"Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela
Não pode ser, diz-lhe numa prece
Que ela regresse, porque eu não posso
Mais sofrer. Chega de saudade a realidade
É que sem ela não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim..."

14/12/2006

through the glass


I'm looking at you through the glass,
don't know how much time has passed
Oh God it feels like forever, but no one ever tells you that
Forever feels like home, sitting all alone inside your head...
Cause I'm looking at you through the glass,
don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever, but no one ever tells you that
Forever feels like home, sitting all alone inside your head...

How do you feel? That is the question...
But I forget you don't expect an easy answer
When something like a soul becomes initialized and folded up like
Paper dolls and little notes, you can't expect a bit of hope
And while you're outside looking in, describing what you see
Remember what you're staring at is me

Cause I'm looking at you through the glass,
don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever, but no one ever tells you that
Forever feels like home, sitting all alone inside your head...

How much is real? So much to question
An epidemic of the mannequins contaminating everything
We thought came from the heart - but never did right from the start
Just listen to the noises - null and void instead of voices
Before you tell yourself It's just a different scene
Remembering is just different from what you've seen

Cause I'm looking at you through the glass,
don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever, but no one ever tells you that
Forever feels like home, sitting all alone inside your head...
Cause I'm looking at you through the glass,
don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever, but no one ever tells you that
Forever feels like home, sitting all alone inside your head...

And it's the stars, the stars that shine for you
And it's the stars, the stars that lie to you
And it's the stars, the stars that shine for you
And it's the stars, the stars that lie to you

I'm looking at you through the glass,
don't know how much time has passed
Oh God it feels like forever, but no one ever tells you that
Forever feels like home, sitting all alone inside your head...

Cause I'm looking at you through the glass,
don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever, but no one ever tells you that
Forever feels like home, sitting all alone inside your head...
And it's the stars, the stars that shine for you
And it's the stars, the stars that lie to you
And it's the stars, the stars that shine for you
And it's the stars, the stars that lie to you
It's the stars, it's the stars, that lied

25/10/2006

Lamentos...

A vidraça reflectia o tom acastanhado e cinzento da rua enquanto ele fazia de conta que prestava atenção ao que tinha pela frente. A música repetia-se (talvez já propositada), mantendo no ar o lado melancólico deixado por uma saudade que teima em ficar agarrada a esta história ... Os acordes entoados no silêncio do seu pensamento continuam sem deixar partir imagens há muito gravadas na memória, desde o tempo em que ambos corriam, brincavam e riam como se fossem só crianças... Um sussurro vindo duma janela aberta, esquecida no tempo, torna-se num sopro furioso levando os rascunhos que lhe tentara escrever como simples folhas abandonadas de suas arvores... E um suspiro lembra que a música chegara ao fim para, de seguida, retomar outra vez o seu lamento como se de um choro se tratasse...


"Não posso ser só eu a dar sentido à razão 
Vais ter que vir tu e arrancar-me a escuridão..."


(sim priminha, saudade... essa saudade - saudade palavra, saudade sentimento, saudade alma, saudade simplesmente)

21/10/2006

E levantara-se naquela manha igual a tantas outras... Por muito que quisesse não poderia fugir por muito mais tempo. Ambos já tinham esgotado todos os limites do jogo que mantinham há demasiado tempo. No entanto as forças escapavam-se e sabia muito bem que todas as palavras que ele tinha imaginado no dia anterior não teriam cabimento na mais que adiada conversa. Tudo aquilo que tinha previsto parecia agora irreal e o que viesse era completamente incerto.
Olhou pela janela e respirou fundo numa tentativa de ganhar coragem! E sorriu...

"Let the rain pitter patter
But it really doesn't matter
If the skies are gray
As long as I can be with you it's a lovely day."

19/09/2006

Just stop...

Pára! Deixa-me em paz. Não quero voltar ao mesmo. Ter-te na cabeça durante todo o tempo e continuar a olhar-te só de longe! Pára!! Ou então aparece de uma vez... Deixa-me ganhar esta luta. Liberta-me desta prisão e mata-me uma vez mais!

"Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a máscara sufocante..."

06/09/2006

...and you came to me turning every litlle thing up side down...


"Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxar-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos mata.

Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías."

...e tentas dar voltas ao teu mundo para que possas entender o que se passa, para o voltares a ter na mão...
...e eu continuo a deixar-me levar...

07/06/2006

Há qualquer coisa - Xutos & Pontapés

"Há qualquer coisa que se esconde em ti
Que me seduz e dá cabo de mim
Eu não sei, nunca sei bem o que é
(Tu sabes sim mas não queres ver)
És como a praia, mudas com a maré
(Não importa se a queres ter)

Mas se tu vais e vens
Como as ondas do mar
Não sei com que posso contar
Vai e vem traz o que tens melhor
Vai e vem dá-me esse estranho amor

Se um dia há sol no outro há-de chover?
Se te encontrar é para te perder?
Eu não sei nunca sei como será
(Tu sabes sim mas não queres ver)
És como o tempo, logo se verá
(Não importa se a queres ter)

Mas se tu vais e vens
Como as ondas do mar
Não sei com que posso contar
Vai e vem traz o que tens melhor
Vai e vem dá-me esse estranho amor

Mas se tu vais e vens
Como as ondas do mar
Não sei com que posso contar
Vai e vem traz o que tens melhor
Vai e vem dá-me esse estranho amor
Vai e vem traz o que tens melhor
Vai e vem dá-me esse estranho amor"

04/06/2006

03-06-06

Parei... Só por uns instantes: parei! Talvez não o devesse ter feito, mas soube bem. E parei para te olhar, para respirar as tuas palavras, para beber do teu sorriso. Tu nada disseste mas precebeste. Limitaste-te a sorrir e continuaste com esse teu jeito de menina. Menina crescida, é certo, e, no entanto, com vontade de continuar menina...
Voltas às tuas histórias, ao teu mundo e deixas a Senhora que te envolve tratar do resto, do outro mundo, de todas as outras coisas que não te pertencem...
E eu continuo parado. Deixo de pensar - disseram-me um dia que era simples fazê-lo... Simples? Talvez seja... Basta fechar os olhos, respirar fundo e sorrir para nós mesmos!

30/05/2006

Os Demitidos - Jorge Palma

"Estás demitido, obviamente demitido
Tu nunca roubaste um beijo
E fazes pouco das emoções
És o espantalho dos amantes.
Estás demitido, obviamente demitido
Evitas a competência
Não reconheces o mérito
És o pilar da cepa torta!

E assim vamos vivendo
Na província dos obséquios
Cedendo e pactuando enquanto der
Filósofos sem arte, afugentamos o desejo
Temos preguiça de viver...

Estás demitido, obviamente demitido
Subornas os próprios filhos
Trocaste o tempo por máquinas
Tu és um pai desnaturado.
Estás demitido, obviamente demitido
Arrasas a obra alheia
Às vezes usas pseudónimo
Tu és um crítico de merda

E assim vamos vivendo...
Na província dos obséquios
Cedendo e pactuando enquanto der
Filósofos sem arte, afugentamos o desejo
Temos preguiça de viver...

Estás demitido, obviamente demitido
Encostas-te às convergências
Nunca investiste num ideal
Tu sempre foste um demitido
Tu sempre foste um demitido
Já nasceste demitido!"

22/05/2006

22-05-06

Vidas compostas por rascunhos emaranhados num molho de rabiscos e palavras... Linhas e traços que a tinta da caneta vai deixando gravado em meia dúzia de papeis espalhados por todo o lado. E tentamos emergir desta confusão de papelada na esperança de criar um conjunto de histórias, passando os dias a tentar ordenar todos os risquinhos e palavras... Mas a própria existência não deixa de ser um grande rascunho duma grande história de experiências! É simplesmente a vida como ela é!

21/05/2006

Porque continua a fazer sentido...

Sometimes...
Às vezes tudo parece tão estranho. A vida atravessa-nos, escapa-se por entre os dedos quando a julgamos segura nas nossas mãos. E tudo o que parecia simples se torna complicado, tudo o que parecia certo aparece agora com errado.
Às vezes o mundo parece ruir, desabar diante de nós, à frente de todos, deitando abaixo tudo o que anteriormente havia sido construído.
Sempre me disseram que a vida dava muitas voltas... Esqueceram-se de me dizer que essas mesmas voltas seriam capazes de levar todos os sonhos com elas.
Às vezes tudo parece distante. Passa tudo por nós sem se voltar, sem voltar. Às vezes custa olhar para o vazio e deixar-se ficar nesse manto escuro, perdido.
'Sorri', dizem-me às vezes,' não é o fim do mundo. Apenas mais uma etapa da tua vida.' No entanto, às vezes, apetece-nos saltar etapas, trazer o tempo a dar uma volta, brincar com ele, pregar-lhe uma partida, deixa-lo exausto, para que, às vezes, pudesse parar, parando tudo com ele.
Às vezes o que nos resta é papel e uma caneta, um pedaço amarrotado onde nos escondemos, fugindo de todos os às vezes que teimam em aparecer por todo o lado. E apenas e só às vezes, talvez os às vezes que surgem, podem parecer eternos. E quando eternos se tornam os às vezes, talvez nos possamos soltar deste pedaço gasto e amarrotado de papel e ser felizes, outra vez...
Às vezes, só às vezes...
(04-04-05)

20/05/2006

20-05-06

Papeis amarrotados num amontoado de histórias preenchem os cadernos que se acumulam durante os tempos que passam, histórias (re)escritas tentando (re)inventar vidas passadas, situações vividas, tempos idos... Soluções teimam em não aparecer. Respostas por dar assombram os problemas que cismam em ficar. E volta-se à mesma história de sempre, tudo num ciclo vicioso... Saídas? Que saídas? A questão aqui é: será que temos capacidade e coragem para mudar, para lutar?

18-05-06

Espera, não vás... Deixa-te ficar só mais um bocado.
Mantenho os olhos fechados para não te ver partir, para manter-te à minha frente. O teu perfume ainda paira no ar e, no entanto, há muito que deixaste de habitar este espaço... Apenas te limitas ao meu pensamento. Sim, se calhar sou eu que não te deixo sair, mas sinto a tua falta... Sorris mais uma vez e deixas-te ficar, só mais um bocado, só por mim. Fecho os olhos mais uma vez e continuas a sorrir. Afinal continuas comigo...

19/05/2006

15-05-06

No silêncio da escuridão tento manter-me desperto. Não é que eu não queira adormecer, apenas não quero ter que sonhar contigo... Ver-te sorrir ao meu lado e ficar preso nos sonhos! Não, não posso! Não quero cair mais uma e outra vez. E, no entanto, aguardo por um sorriso, um olhar. Um pequeno gesto, a suavidade com que me tocas, me chamas, me cativas... Anseio por um encontro, um só, por mais pequeno e furtivo que seja... [No entanto] anseio por te ter aqui...