04/06/2010

O dia finalmente surgira, apesar de molhado, e a ti parecia um daqueles dias de primavera, cheio de luz e de cor...
As gotas que se acumulavam na janela faziam-te trazer de volta à realidade, como se te chamasse para o mundo lá de fora. Tu, por outro lado, deixavas-te ficar, perdida no meio desses lençóis, folhas gravadas com palavras de suor, como se contasse a história da noite anterior.
O respirar profundo de um sono tranquilo em que habitava, fazia-te sorrir, desejando que o momento pelo qual passavas se tornasse eterno...
Num último suspiro (antes do acto de coragem que te fazia acordar para a rotina), envolves-me num abraço e, num beijo, deixas a tua última palavra no conto que escrevíamos desde a noite anterior.

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