27/01/2010

Devaneios

Por momentos esqueço-me do que escrevo... Fecho os olhos deixo-me vaguear pelo meus mais profundos pensamentos… Ou serão sentimentos?? Encontro-te presente em cada um deles, como se teus fossem. E tu, neles, sorris!

Bem sabes que não há mais letras disponíveis para compor mais uma história, só mesmo pegar nas antigas e reordena-las numa melancólica construção musical. E de repente dou por mim a entoar esse cântico quase sagrado! Essa harmonia perfeita passa a gerar todo o aroma que se encontra presente no pequeno quarto que por agora habito.

Sem pressa mantenho-me adormecido nesta viagem pelo mundo das sensações, sempre regido pela tua (pouco) ténue presença! Não queria ter de acordar… Bastava-me sentir! E então poderia respirar fundo e dizer que seriam apenas emoções, as ligações que cismam em se manter… Não faças pouco, nem faças troça daquilo que te digo, porque se não encontro maneira de colocar as palavras em forma de som, pelo menos vou gravando-as em pequenos bocados de papel que teimo em te oferecer. É pouco, eu sei… Ou talvez seja só mania de quem pouco entende daquilo que diz… No entanto, já pouco importa… O que tem realmente peso, já há muito que se fez presente, e nós nem demos pela sua chegada… que é certo é que simplesmente existe! E nessa existência assento estes meus desvaneios…

Numa arte poética (na forma tentada) ofereço-te mais uma vez um pequeno mundo, tudo aquilo que me faz fugir, correr, lutar, sorrir, só na esperança que não largues a minha mão!


[27-01-10]

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